11 de out. de 2008


Confiar



:: Elisabeth Cavalcante ::


A mais importante chave para
o crescimento interior é
o desenvolvimento da confiança.
Não se trata de confiar em alguém
ou em algo exterior,
mas sim desenvolver uma
sólida confiança em si.

Todos nós precisamos aprender
a sermos nós mesmos, cada vez mais.
Para tanto, devemos nos libertar
de todos os valores, opiniões e
regras que nos foram impostas
como sendo a única verdade
válida para nossa vida.

Confiar na voz do próprio coração
é muito mais complexo do que
parece à primeira vista.
Isto porque, para muitos,
esta frase se refere a uma atitude
absolutamente desconhecida,
tamanho é o estado de
inconsciência em que vivem.
Somente através de um esforço
de vontade podemos alcançar
um estado permanente de
observação interior,
que nos permitirá permanecer
o tempo todo conscientes do
que sentimos ou o que de fato desejamos.

Para que isto aconteça,
é útil analisarmos situações de vida
em que tomamos decisões baseadas
não naquilo que desejávamos,
mas no que esperavam de nós.

É interessante que nos perguntemos
qual teria sido realmente nossa
decisão se tivéssemos seguido nosso coração.

Quanto mais nos dedicarmos a esta prática,
mais ela se tornará natural e,
aos poucos, passaremos a viver
num estado permanente de autenticidade
e a confiarmos mais em nosso
próprio guia interior do que
nas opiniões alheias.

Todos os dias nos apresentam
inúmeras oportunidades de observar
nossos sentimentos e como reagimos
diante dos acontecimentos,
desde os mais complexos e desafiadores,
até os mais corriqueiros.
Se nos mantivermos alertas,
poderemos obter grandes insights
sobre quem de fato somos e do
que realmente precisamos para ser felizes.

Confiar na voz do coração é,
em síntese, confiar na vida
e acreditar que ela se revela,
a cada momento, dentro de nós;
nos envia respostas para todas
as nossas dúvidas e inquietações
e está sempre pronta para nos
conduzir ao encontro de nossa
própria fonte de amor e sabedoria.

“ Uma vez que você fica sensível
ao mundo ao seu redor,
sua sensibilidade pode ser
virar para o interior,
para seu lar interno.
É a mesma sensibilidade com que
você ouve um rouxinol cantar,
com que você sente o calor do sol,
com que você cheira a fragrância de uma flor.
É a mesma sensibilidade que
agora tem que se virar para dentro.
Com a mesma sensibilidade,
você vai provar você,
cheirar você,
ver você,
tocar você.

Use o mundo como um treinamento
para a sensibilidade.
Lembre-se sempre:
se você puder ficar cada vez mais sensível,
tudo vai ser absolutamente certo.
Não se torne embotado.
Deixe todos os seus sentidos ficarem afiados,
o tom afiado, vivo, cheio de energia.
E não tenha medo da vida.
Se você tiver medo da vida,
ficará insensível para
que ninguém possa feri-lo.

Faça o que tem de fazer resolutamente,
com todo o seu coração.
Lembre-se da ênfase no coração.
A mente jamais pode ser uma -
por sua própria natureza ela é muitas.
E o coração é sempre um -
pela sua própria natureza ele
não pode ser muitos.
Você não pode ter muitos corações,
mas você pode ter muitas mentes.
Por quê?
Porque a mente vive na dúvida
e o coração vive no amor.
A mente vive na dúvida e o
coração vive na confiança.
O coração sabe como confiar -
é a confiança que o torna um.
Quando você confia,
de repente você fica centrado.

Quero que as pessoas conheçam a si mesmas,
que não sigam as expectativas dos outros.
E a maneira é indo para dentro”.

(Osho)
The Dammaphada / A Busca



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